segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Redes Sociais

As Redes Sociais contribuem para a socialização de seus participantes e para a troca de informações por cada membro, conforme os seus interesses.  As informações obtidas através destas plataformas auxiliam grupos diversificados de pessoas, em especial os profissionais como bibliotecários e demais profissionais da informação a obter informações atualizadas por grupos de indivíduos que, de alguma forma, estão relacionados a elas, seja por trabalho, estudo ou por interesse particular.
A composição dos grupos esta ligada ao interesse de assunto que os participantes têm em comum, dessa forma um novo integrante inicia sua participação em uma comunidade tendo o conhecimento do universo de assuntos a serem tratados naquele espaço, ou ainda, pode ser um novo membro simplesmente com vontade de aprender. Costa (2005, p.239), faz referencia as Redes Sociais como uma nova forma de se relacionar em comunidade, já que o sentido de comunidade também pode ter mudado: “Estamos diante de novas formas de associação, imersos numa complexidade chamada rede social, com muitas dimensões, e que mobiliza o fluxo de recursos entre inúmeros indivíduos distribuídos segundo padrões variáveis”. Estes “padrões variáveis” a que o autor se refere, é o que podemos chamar de interesses individuais. Na introdução desse seu trabalho sobre Redes Sociais, o mesmo autor levanta uma percepção importante com relação a esta bagagem ou interesse que o individuo traz antes de pertencer a um determinado grupo, pois ainda que se busque assuntos que façam parte de uma comunidade em especial, a construção de suas preferências individuais, conseqüência de suas relações sociais, é que o fará buscar tais recursos e a definir padrões: 
Mas, antes de tudo, é importante salientar que todo tipo de grupo, comunidade, sociedade é fruto de uma árdua e constante negociação entre preferências individuais. Exatamente por essa razão, o fato de estarmos cada vez mais interconectados uns aos outros implica que tenhamos de nos confrontar, de algum modo, com nossas próprias preferências e sua relação com aquelas de outras pessoas. E não podemos esquecer que tal negociação não é nem evidente nem tampouco fácil. Além disso, o que chamamos de preferências “individuais” são na verdade fruto de uma autêntica construção coletiva, num jogo constante de sugestões e induções que constitui a própria dinâmica da sociedade. 

Desse modo, é possível compreender que nossas relações cotidianas refletem o que somos individualmente. Nossos interesses, gostos e preferências são as constantes experiências sociais e que neste caso, estão presentes nas comunidades virtuais. É através da confiança adquirida nestas experiências, boas ou más, que poderemos estar aptos a nos relacionarmos, mesmo que virtualmente, adquirindo certo nível de confiança ainda que simplesmente pelos laços de interesses comuns:
Um dos aspectos essenciais para a consolidação de comunidades pessoais ou redes sociais é, sem dúvida, o sentimento de confiança mútua que precisa existir em maior ou menor escala entre as pessoas. A construção dessa confiança está diretamente relacionada com a capacidade que cada um teria de entrar em relação com os outros, de perceber o outro e incluí-lo em seu universo de referência. Esse tipo de inclusão ou integração diz respeito à atitude tão simples e por vezes tão esquecida que é justamente a de reconhecer, no outro, suas habilidades, competências, conhecimentos, hábitos... Quanto mais um indivíduo interage com outros, mais ele está apto a reconhecer comportamentos, intenções e valores que compõem seu meio. Inversamente, quanto menos alguém interage (ou interage apenas num meio restrito), menos tenderá a desenvolver plenamente esta habilidade fundamental que é a percepção do outro.
Em síntese, conversas sobre assuntos cotidianos com um grupo de amigos ou ainda, a participação integrada com profissionais de áreas específicas (disponíveis para conversas online) e consulta à informativos de grupos disponíveis na Web, como exemplo, resultam da integração social contemporânea que as Redes sociais proporcionam, construindo uma nova maneira de se produzir e disseminar a informações. É o coletivo produzindo, avaliando e disseminando a informação que circula, garantindo a permanência e a dinâmica da convivência e ajuda mutua também partindo de uma suposta confiança.
Pierre Lévy (2002 Apud Costa 2005) defende: 
[...] a participação em comunidades virtuais como um estímulo à formação de inteligências coletivas, às quais os indivíduos podem recorrer para trocar informações e conhecimentos. Fundamentalmente, ele percebe o papel das comunidades como o de filtros inteligentes que nos ajudam a lidar com o excesso de informação, mas igualmente como um mecanismo que nos abre às visões alternativas de uma cultura
As Redes Sociais provocaram uma nova forma de buscar e construir o conhecimento. Uma nova visão de relacionar-se em sociedade, na busca por respostas aos interesses pessoais e profissionais.
continua...

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